Resultados das técnicas de reprodução assistida em mulheres doadoras de oócitos no ciclo de tratamento / Outcome of assisted reproductive technologies in women with oocyte donation in the treatment cycle

OBJETIVO: comparar os resultados de ciclos de reprodução assistida em mulheres doadoras de oócitos no ciclo de tratamento com o de mulheres não doadoras. MÉTODOS: foram avaliadas, retrospectivamente, as taxas de gravidez, implantação e abortamento de 50 pacientes que doaram oócitos durante o ciclo de reprodução assistida (grupo de doadoras) e de 50 pacientes que não doaram oócitos (grupo de não-doadoras), em clínica privada de reprodução assistida em São Paulo, entre os anos de 2001 e 2003. Os critérios de inclusão no estudo foram os seguintes: idade menor que 35 anos; ciclos menstruais regulares; dosagem basal de FSH<10 mUI/mL; pacientes submetidas à primeira tentativa de fertilização assistida; recuperação de mais de seis oócitos maduros após a aspiração folicular. Os resultados foram analisados estatisticamente por meio do teste do chi2. RESULTADOS: ambos os grupos eram comparáveis em termos de idade, indicação e duração da infertilidade. A média de idade no grupo de doadoras foi de 30,6 anos e no grupo de não doadoras, 31,1 anos. Todas as pacientes tiveram mais do que seis oócitos aspirados e identificados. No grupo de doadoras foram recuperados 590 oócitos e 215 oócitos foram doados para receptoras (36,5 por cento), levando à transferência de 152 embriões. Foram obtidas 15 gestações (30 por cento por transferência), com 2 abortamentos (13,3 por cento), sendo que a taxa de implantação foi de 11,2 por cento. No grupo de não-doadoras, recuperaram-se 545 oócitos e foram transferidos 153 embriões. Foram obtidas 17 gravidezes (34 por cento por transferência) e houve três abortamentos (17,6 por cento). A taxa de implantação foi de 14,3 por cento. Não houve diferenças estatisticamente significantes entre os dois grupos no que se refere às taxas de gravidez, implantação e abortamento (p>0,05). CONCLUSAO: em pacientes que recuperam mais de seis oócitos, a doação de oócitos no ciclo de tratamento não prejudica os resultados dos ciclos de reprodução assistida e não eleva as taxas de abortamento.

Comparaçäo entre as taxas de gestaçäo obtida com embriöes transferidos no 3º e no 5º dia de cultura "in vitro" / Comparison of the pregnancy rates achieved following embryo transfers on day 3 and on day 5 of culture

Comparar as taxas de gravidez obtidas com a transferência de embriöes no 3º e no 5º dias de cultura in vitro. Foram estudadas, retrospectivamente, 239 transferências de embriöes em pacientes submetidas a técnicas de reproduçäo assistida. A idade das pacientes variou de 26 a 42 anos; 137 pacientes receberam embriöes no 3º dia de desenvolvimento in vitro (grupo I) e 102 pacientes receberam embriöes no 5º dia de cultura in vitro, ou seja, na fase de blastocisto (grupo II). No grupo I, foram obtidas 31 gestaçöes, com um percentual de 22,6 por cento transferência; no grupo II, obteve-se 41 gestaçöes (40,2 por cento por transferência). A diferença entre os dois grupos mostrou-se estatisticamente significante (p<0,02). Os resultados da investigaçäo evidenciam uma taxa de gestaçäo significativamente maior com a transferência de blastocistos, em comparaçäo com a transferência no 3º dia. Os autores referem, porém, a necessidade de ulteriores estudos prospectivos para que se determine claramente o papel da transferência de blastocistos nas técnicas de reproduçäo assistida.

Estudo ultrassonográfico transvaginal do primeiro trimestre da gestaçäo / Transvaginal ultrasonography of the first pregnancy trimester

Cento e dezessete exames ultra-sonográficos pélvicos por via vaginal foram realizados em 82 pacientes com gestaçöes normais, com idade menstrual entre 5 e 12 semanas. Estes exames propiciaram a visualizaçäo do saco gestacional contendo o saco vitelíneo na 5ª semana de idade menstrual, o embriäo com batimento cardíaco na 6ª semana, a membrana âmnica na 7ª semana, e a diferenciaçäo do pólo cefálico e início da formaçäo dos membros superiores e inferiores na 8ª semana. A expansäo da cavidade amniótica dentro da saco gestacional e a regressäo do saco vitelínico também foram reconhecidas. Este estudo evidencia que a via transvaginal permite observar detalhadamente o desenvolvimento embrionário no primeiro trimestre da gravidez, antecipando-se aos achados da via trans-abdominal, sendo por isto método de eleiçäo para a avaliaçäo ultra-sonográfica nesta época